Festival Y#3
Programa
Miguel Carvalhinho com Custódio Castelo
Concerto de guitarra
12.set. 21h30 . Jardim da Malufa . Covilhã
Pedro Tochas
O Palhaço Escultor
22.set. 21h30 . Largo da Câmara Municipal da Covilhã (entrada traseira)
Um malabarista entra num palco onde vai apresentar o seu espetáculo de circo. Devido ao contacto com o público, a sua relação com o malabarismo altera-se. Neste momento os seus sentimentos tomam conta da situação, apaixona-se, zanga-se, fica contente, fica triste, esquecendo-se por vezes que está ali para fazer malabarismo. Começa a utilizar as imagens que cria com balões e outros adereços para mostrar o que sente. Partindo deste conceito, o ator desenvolve um trabalho de teatro físico que vai para além da representação, entrando no campo do entertainer. Aplicando a técnica de clown, o ator reinventa a sua relação com o que o rodeia, onde o público é convidado a participar. O Palhaço Escultor é um trabalho interdisciplinar onde se procura comunicar através de imagens e linguagem não verbal, onde se utiliza o teatro físico e de rua, o circo e as esculturas com balões e onde se pode notar a influência e o ambiente do cinema mudo.
Encenação e interpretação Pedro Tochas
40 min . todos os públicos . teatro de rua
Factor Activo
22.set. 23h00 . Teatro Cine . Covilhã
O Factor Activo é um grupo único no panorama nacional, não apenas por causa das sonoridades que explora no álbum de estreia, “Em directo do fim do mundo”, mas por causa da atitude geral que atravessa todas as suas atividades, desde a simples presença na net, até às investidas por palco e estúdio. Nasce sem dúvida do Hip Hop, é contaminado pelo dub, pela experimentação eletrónica e por algo mais. De facto, o trabalho coletivo em estúdio de recolha de sons, de experimentação com um arsenal imenso de tecnologia analógica e a contaminação da sua música por um subterrâneo pulsar orgânico transformam o som do Factor Activo numa bem conseguida amálgama de referências que, no final, se transforma num som de autor, único e vibrante.
E, no entanto, o projeto covilhanense Factor Activo não é novo. A primeira maquete do grupo data de 1992 altura em que, motivado por um programa na rádio local – RCC, começa a depositar em fita as suas primeiras experiências. A década seguinte foi feita de passos calculados, com diversas participações em compilações, incluindo “Portugal Rebelde Vol. 1”, de 1994. As experiências de fusão do Hip Hop com outras linguagens também chegaram bem cedo ao seio do Factor Activo, quando em 1995 participa na compilação “100” da Antena 3 ao lado dos Lulu Blind, num tema onde as rimas e o rock se colavam de forma intensa.
Os anos seguintes foram passados a refinar ideias, a experimentar line-ups que ajudassem a transpor para palco fielmente as ideias que se iam cozinhando em estúdio. Por tudo isso, Em directo do fim do mundo, não é um começo, mas a continuação de um trabalho que poucos paralelos encontrará no universo musical português, mas que está sem dúvida sintonizado com alguns dos mais desafiantes estetas da vibração global
Voz, programação e sampling Defski | Voz, contrabaixo e manipulação de sons Marco | Teclas Blue | Guitarra elétrica Ritz | Trompete Orlando
60 min . M/14 . música
Assédio
Um número, de Caryl Churchill
29.set. 21h30 . Teatro Cine . Covilhã
Salter, um pai, confronta três dos seus filhos adultos: o selvagem, violento e ameaçador Bernard. Um, entregue aos cuidados de uma instituição aos dois anos de idade, na sequência da morte da sua mãe; Bernard Dois, criado a partir das células de Bernard Um, é uma exata cópia física, embora a sua total antítese em tudo o resto; e, ainda, Michael Blake, “um” de uma série de outros filhos clonados, com quem ele também dialoga. Mais do que uma ficção dramática sobre clonagem ou as suas implicações éticas, esta é uma inquietante reflexão sobre a identidade: qual é, afinal, a origem dessa coisa misteriosa a que chamamos “personalidade”.
Encenação João Pedro Vaz | Interpretação João Cardoso e João Pedro Vaz | Cenografia Sissa Afonso | Desenho de luz Nuno Meira | Desenho de som Francisco Leal | Guarda-roupa Bernardo Monteiro | Tradução Paulo Eduardo Carvalho
75 min . M/16 . teatro
Tik Tak Boom
Sad Since Tuesday
1.out. 21h30 . Teatro Cine . Covilhã
Há uma cidade onde as pessoas seguem a vida com a sólida certeza de que ao nascimento se segue o casamento e a tudo se segue a morte. As pessoas desta cidade têm os seus mitos: o mais antigo toureiro do mundo, uma mãe que desapareceu sem deixar rasto. Mas a cidade foi tomada de uma súbita tristeza: as rotinas diárias do trabalho, casa e igreja são afetadas por esta mudança. Saído deste mundo, um visionário começa a espalhar sinais sobre um outro lugar, onde não existe nenhuma ideia de comunidade, onde cada pessoa cuida só de si. Enquanto a cidade é assaltada, mas não destruída, pela catástrofe da tristeza, o que acontece ao mundo que o visionário anuncia?
Autoria e direção Adrian Hughes | Interpretação David Thomas, Jocelyn Hughes, Pedro Antunes e Vera Chen Hsueh-Chen
60 min . teatro físico/dança
Tik Tak Boom
Narrow Rooms
2.out. 21h30 . Teatro Cine . Covilhã
Narrow Rooms acontece num bloco de apartamentos onde as pessoas vivem isoladas nos seus quartos. Em cada quarto veem-se cenas diferentes do seu quotidiano, isolados da realidade urbana exterior. Todas as cenas são muito íntimas e o espetador é colocado na posição de voyeur destes universos. Este é um trabalho de teatro físico. Os dois atores servem-se da sua experiência pessoal e dos choques multiculturais que experimentaram (ele oriundo de África, ela de Taiwan), na construção deste espetáculo. A cenografia evoca a geometria da paisagem urbana, os blocos habitacionais e as suas barreiras. Numa cidade universitária como a Covilhã, a experiência destes quartos estreitos não pode deixar de apontar ao coração do mapa das experiências do público.
Autoria e direção Pedro Antunes | Interpretação Adrian Hughes e Vera Chen Hsueh-Chen
60 min . teatro físico
Tik Tak Boom
Drop Suspended
3.out. 21h30 . Teatro Cine . Covilhã
O que acontece durante o tempo que demora uma gota de água a formar-se e a cair? Como passamos o tempo que esperamos para isso acontecer? E, enquanto esperamos, como podemos ter a certeza de que não aconteceu ainda? Ela, certa manhã, vê no chuveiro uma gota de água: durante aquele tempo em que o tempo fica suspenso ela inicia uma fantástica viagem de sonhos e memórias. Vera Chen Hsueh-Chen explora todas as possibilidades físicas dos seus mundos, reais e imaginários, buscando inspiração de muitas fontes: teatro físico, improvisação, dança tradicional chinesa, manga (animação japonesa) e a sua ideia sobre o humor britânico. O resultado é um mapa de possibilidades onde perpassam a inocência, a fantasia e as mais profundas emoções.
Autoria e interpretação Vera Chen Hsueh-Chen
60 min . teatro físico/dança
Chapitô
Talvez Camões
4.out. 21h30 . Cine-Teatro Avenida . Castelo Branco
Poucas certezas há sobre a vida do famoso poeta português Luís Vaz de Camões, autor de “Os Lusíadas”. Talvez tenha nascido em 1524 ou talvez em 1525, talvez tenha nascido em Lisboa ou talvez em Coimbra, talvez tenha sido acolhido na corte portuguesa aos 18 anos ou talvez aos 19, perde o olho direito numa batalha talvez em Ceuta. Monte Olimpo, séc. XVI: os deuses gregos encontram-se mergulhados numa profunda depressão, haviam sido esquecidos. A Humanidade está, na sua maioria, convertida ao monoteísmo. Invejoso da popularidade da Bíblia, Júpiter envia Baco à Terra para conceber um filho, Camões. Os Deuses pretendiam que este escrevesse um famoso livro, enaltecendo os deuses do Olimpo e de como ajudaram Vasco da Gama na sua viagem marítima rumo ao oriente. Começa assim uma odisseia reinventada que relata inúmeros factos que os historiadores talvez desconheçam.
Encenação John Mowat | Interpretação Jorge Cruz, José Carlos Garcia e Rui Rebelo | Assistência de encenação Cátia Santos | Desenho de luz Marta Fonseca, Jochen Pasternacki | Adereços Luís do Vale | Figurinos Natacha Paulino | Esgrima artística João Maia | Direção de produção Eduardo Henrique | Produção Rita Cabral Faustino | Consultadoria histórica Helena Vasconcelos | Consultadoria de texto Carole Garton | Assessoria de imprensa Sofia Lourenço | Fotografia Pedro Salgado | Design gráfico Pedro Bacelar | Audiovisual e multimédia Pedro Fidalgo, Simão Anahory e Marta Montagut
75 min . M/12 . teatro
Cendrev
Bonecos de Santo Aleixo - Auto da Criação do Mundo
18.out. 21h30 . Cine-Teatro Avenida . Castelo Branco
Depois do Baile dos anjinhos, início obrigatório de cada representação, os dois astros que presidem ao dia e à noite são criados. As figuras antropomórficas do Sol e da Lua envolvem-se em disputa e anunciam a vinda do Messias e a sua Paixão. A seguir, o Padre Chancas e o Mestre Salas, que pontuam todo o espetáculo com comentários, fazem a sua entrada e põem fim ao diálogo entre o Sol e Lua. Inicia-se a criação do género humano: Adão e, a pedido deste, Eva. Deus proíbe-os de comerem o fruto da árvore do Bem e do Mal. Deus cria os animais e dá-lhes os nomes. Nesta cena, Mestre Salas, empregando uma linguagem bastante “livre”, incita o público a participar na ação.
Atores manipuladores Ana Meira, Gil Salgueiro Nave, Isabel Bilou, José Russo e Vítor Zambujo | Acompanhamento musical Gil Salgueiro Nave
70 min . M/18 . teatro de marionetas
Teatro de Marionetas do Porto
A Cor do Céu
5.nov. 21h30 . Cine-Teatro Avenida . Castelo Branco
Qual é a cor do céu?
Azul quando está um dia azul,
cinzento quando o dia está cinzentão,
rosa, às vezes, em manhãs de verão,
laranja quando o dia está vai não vai,
negro, logo, logo, quando a noite cai.
(às vezes, a noite vem devagarinho para não incomodar o dia)
- Boa noite, noite - diz às vezes o dia.
João Paulo Seara Cardoso
Encenação, texto e cenografia João Paulo Seara Cardoso | Desenho de marionetas e ilustração Júlio Vanzeler | Música Jacques-Yves Montand | Figurinos Maria Alice | Desenho de luz António Real e Rui Pedro Rodrigues | Produção Sofia Carvalho | Execução musical Shirley Resende | Interpretação Edgard Fernandes e Sara Henriques | Operação de som Sérgio Rolo | Operação de luz Rui Pedro Rodrigues | Assistente de produção Paula Dias | Construção de estruturas Américo Castanheira e Tudo-Faço | Fotografia de cena Paulo Bara
50 min . M/4 . teatro de marionetas
Quarta Parede
Stracciatella
7 e 9.nov. 21h30 . Teatro Cine . Covilhã
22 e 23.nov. 21h30 . ESART . Castelo Branco
Stracciatella constitui-se como uma amálgama de estórias simples que visa presentear as memórias de alguém à memória de todos. Partindo da memória fragmentária das nossas perceções e de todo um espólio de imagens, palavras, objetos e sons, construímos Stracciatella. Olhamos para as estórias e imagens como reservatórios naturais da memória em constante mutação, partindo das memórias alheias reinventamos todo um universo de ação constituído por scripts de performances, projeções e instalações visuais e sonoras. Num espaço híbrido [lugar de visita, confessionário, veículo, sala de espera, vitrina, mostruário, ecrã, reservatório]. Habitantes conduzem visitantes por percursos labirínticos nos quais o tempo e os afetos se enlaçam.
Conceção Sílvia Pinto Ferreira | Criação e interpretação Sílvia Pinto Ferreira e Jeannine Trévidic | Fotografia e vídeo Nuno Veiga e Jeannine Trévidic | Montagem vídeo e áudio Nuno Veiga | Técnico de som Defski | Luminotécnica Fernando Sena | Movimento Filipa Francisco | Produção Rui Sena e Isnaba Miranda | Fotografia de cartaz Jeannine Trévidic | Confeção do Guarda-roupa Rosa Fazendeiro
40 min . M/12 . performance/instalação
Américo Rodrigues & Yukiko Nakamura
Inominável
8.nov. 21h30 . Teatro Cine . Covilhã
Encontro imprevisível entre o poeta sonoro e improvisador vocal Américo Rodrigues e a bailarina de butô Yukiko Nakamura. Os dois criadores encontram-se pela primeira vez, transformando este encontro num ato criativo irrepetível. Vozes e corpos num diálogo marcado pela improvisação, pelo mistério das sombras, pelas aproximações subtis, pela energia da fala e do canto, pela surpresa que há na estreia de um novo gesto. Dois seres num espaço, que são parte daquele espaço. Um instante é um instante que cresce e se torna vivo e atuante. Inominável. Américo é considerado um “terrorista fonético”, interessado pela sabedoria dos xamãs de todo o mundo. A sua voz incorpora outras vozes, num processo poético singular e ancestral. Yukiko tem formação em dança clássica e tem participado em criações de dança contemporânea com diferentes coreógrafos. Em 2000 ela trabalhou com Masaki Iwana, um dos maiores bailarinos de butô. O butô permite-lhe revelar “através do corpo os sentimentos mais interiores”. Atua com frequência com músicos, numa situação de improvisação.
Som e voz Américo Rodrigues | Bailarina de butô Yukiko Nakamura
50 min . M/16 . música/dança
Trimagisto
Contos sem pontos com tontos
9.nov. 21h30 . ESART . Castelo Branco
Luís Correia Carmelo e Nuno Coelho desenvolvem desde 2002 um trabalho que reúne contos tradicionais portugueses e brasileiros. Desse trabalho resulta um espectáculo em constante mutação, consequente de novas descobertas e encontros, que procura recriar o universo da tradição oral e a figura do contador de histórias. A música, fator constante nessas mesmas tradições populares, encontra aqui também o seu espaço. Assim, propõem-se um encontro com as tradições orais e musicais de dois países divididos pelo Atlântico que, partilhando as mesmas raízes, conservam as suas identidades particulares.
Interpretação Luís Correia Carmelo e Nuno Coelho | Coprodução Quarta Parede
60 min . M/6 . contos
Margarida Mestre
Trilogia do Corte
10.nov. 21h30 . Teatro Cine . Covilhã
Uma mulher com uma faca na mão e um homem com uma guitarra iniciam esta viagem que se lança num lamento, se transforma numa ameaça e se resolve numa desistência e morte. Esta mulher é tipicamente portuguesa no seu discurso fatalista, nos objetos que usa (saco de plástico do mini preço, picadora moulinex) e na sua relação com o elemento masculino presente, para quem prepara no fim uma mesa sugerindo a consequente refeição. Mas ela é também qualquer mulher, em qualquer lugar. O discurso faz-se em português e inglês, num igual saborear de palavras e intenções faladas, cantadas e respiradas. Viajando entre as sonoridades árabe, jazzística e fadista, a guitarra portuguesa instala no espaço acústico e físico uma sonoridade que desperta a nossa memória popular e cultural, ao reconhecermos sensitivamente um som que se achava longínquo. O timbre da guitarra e a sua qualidade de “carpideira” instalam uma atmosfera trágica que se une ao lamento das palavras.
Texto, voz e performance Margarida Mestre | Música original e guitarra portuguesa João Lima | Som Rui Dâmaso
30 min . M/12 . performance
Filipa Francisco
Leitura de listas
11.nov. 21h30 . Teatro Cine . Covilhã
Listas, as listagens, a sua elaboração, identificação, escrita e recitação por vezes horas a fio, dentro e fora do estúdio, com e sem público, não são mais do que tantas possibilidades de mapeamento de vivências (mais ou menos familiares, mais ou menos improváveis, mais ou menos pesadas, mais ou menos ridículas, mais ou menos falsas), neste nosso tempo particularmente carregado. André Lepecki
Texto, voz e performance Filipa Francisco | Colaboração André Lepecki | Guarda-roupa Carlota Lagido | Desenho de luz original Cristina Piedade | Operação de luz Ricardo Madeira
60 min . M/12 . performance
Mala Voadora
Philatelie
12.nov. 21h30 . Teatro Cine . Covilhã
É habitual atribuir-se ao britânico Rowland Hill a invenção do selo postal, em 1840. Esta pequena porção de papel, impressa numa face, gomada noutra, tornou-se de imediato suporte para a divulgação de ícones: um suporte tanto económico (em dimensão e substância), como democrático/massivo (por se tratar de um produto de consumo generalizado), sobre o qual foram experimentadas, precursoramente, imagens cuja comunicabilidade se cumpre sobretudo na eficácia de um apelo de atenção instantânea.
Em Philatelie, pessoas das mais diferentes origens e personalidades reúnem-se na emoção comum de decifrar, conhecer e classificar os selos da sua coleção particular. Estudam-nos ao detalhe: o formato, o assunto, as peças. Perfeitamente classificada, a diversidade infinita; as particularidades e especificidades de cada um, o carimbo.
Apreciá-los nos mais pequenos pormenores, fazer, de cada um, um espaço íntimo de procura e revelação. Os detalhes contam enormemente em Philatelie (desde que o valor artístico e comercial do selo o justifiquem). Pormenores quase invisíveis, algumas das vezes. Prémios escondidos para os mais obsessivos. A lupa é o piloto desta viagem por ínfimos mistérios.
Conceção dramatúrgica/cénica Jorge Andrade | Interpretação Jorge Andrade, Miguel Rocha e Sérgio Delgado | Seleção de selos/contextualização histórica Ana Simões | Texto Miguel Rocha | Desenho de som Sérgio Delgado
30 min . M/12 . performance/multimédia
Karnart
Yerma
16.nov. 21h30 . Cine-Teatro Avenida . Castelo Branco
Poema trágico em três Actos e seis Quadros, YERMA, de Federico Garcia Lorca foi escrito em prosa e verso em 1934, e conta-nos a história de uma mulher que mata o seu marido por ele não lhe dar filhos. “Yerma, dotada de um caráter inflexível, não quer resignar-se a não ter descendência e tentará, por todos os meios honrosos ao seu alcance, engravidar. A sua não resignação, a sua resistência ao inevitável – a esterilidade – é o passo que levará à tragédia; o que não se resolverá com palavras far-se-á com as mãos. Juan é, quase desde o início da obra, a vítima predestinada. Yerma pede-lhe o que ele não pode dar, e esse inevitável incumprimento modifica toda a sua vida até o conduzir a uma morte violenta às mãos da sua mulher”, Manuel Gil Ildefonso.
Conceção/Direção Luís Castro | Colaboração plástica/Grafismo Vel Z | Produção executiva Gisela Barros | Assistência de produção Fernanda Ramos | Interpretação (Vozes) Isabel Gaivão, Luís Castro e Elsa Braga | Interpretação (Performers) Andresa Soares, Bruno Simão, Pedro David e Rafael Alvarez | Tradução Júlio Martin | Figurinos Fernanda Ramos | Banda Sonora Razguzz | Gravação, manipulação de vozes e operação de som Sérgio Henriques | Fotografias Maria Campos | Apoio à criação de luzes João Lopes Alves | Apoio à operação de som em Castelo Branco Pedro Vaz
70 min . M/12 . performance/instalação
Luís Afonso
Sanatório - Espaço sem fim
19.out. a 12.nov. Casa dos Ministros . Covilhã
Sanatório - Espaço sem fim, revela uma exposição de fotografia e instalação, sobre um espaço que outrora fora destinado ao tratamento de diferentes formas de tuberculose e certas doenças crónicas. Atualmente, para além da especulação da sua degradada sumptuosidade, encontra-se num estado que mais parece ter morrido contaminado com a própria cura. Perante uma era de involução, destruição e caos, cenários como este proliferam na efemeridade da nossa existência. Aqui nada mais que restos de memórias e paredes consumadas pelo tempo. É o abandono no seu estado mais puro.
Workshops
Workshop de Teatro de Objetos com Bruno Cintra
5, 6, 12 e 13.nov. Teatro Cine . Covilhã
Workshop de Maquilhagem e Caracterização com Carla Magalhães
19, 20, 26 e 27.nov. Teatro Cine . Covilhã
II Mostra Vídeo-Dança
com José Alberto Ferreira
8, 9 e 10.nov. Teatro Cine . Covilhã