Festival Y#13

Festival Y#13

O Festival Y, nas edições anteriores, mapeou uma grande parte da criação contemporânea portuguesa e também estrangeira. Com a 13ª edição queremos consolidar a mostra de criadores portugueses, numa programação que apresenta pela primeira vez a maioria dessas estruturas e performers nas cidades da Covilhã e de Castelo Branco. Sinalizamos neste Festival alguns dos mais importantes espetáculos contemporâneos estreados nos últimos tempos em Portugal. Numa programação que procuramos que seja equilibrada nas várias disciplinas artísticas, não esquecemos a mediação através de ações artístico-pedagógicas dirigidas a diferentes segmentos de público. Queremos em cada Festival construir um lugar em que a cultura seja cada vez mais a ponte de convergência na diversidade de cada espetáculo, tal como a própria letra Y que parte de um ponto e se dilui em várias estéticas.

Rui Sena, diretor artístico

Programa 2017

Noiserv accordion-plus accordion-minus

23.nov. 21h30 . Auditório Teatro das Beiras . Covilhã

 

Três anos depois da edição do último longa duração, Noiserv regressa com disco novo. 00:00:00:00 é o nome do sucessor de “Almost Visible Orchestra”, e é descrito pelo músico lisboeta como “a banda sonora para um filme que ainda não existe, mas que talvez um dia venha a existir”. É um disco diferente daquilo que noiserv nos tem habituado, a “orquestra de sons” que tão bem lhe conhecemos deu lugar ao som de um piano tocado a muitas mãos, enquanto da sua voz vemos sair, nos temas não instrumentais, histórias em português. Com quase 12 anos de existência, noiserv, “homem-orquestra”, ou banda de um homem só, tem vindo a afirmar-se como um dos mais estimulantes projetos da nova geração de músicos portugueses.

 

60 min. M/6 . música

Amarelo Silvestre accordion-plus accordion-minus

Canas 44 

29.nov. 21h30 . Auditório Teatro das Beiras . Covilhã

 

Neste espetáculo há uma personagem que chega e há uma personagem que parte. Uma quer construir uma vida nova e a outra quer partir para ganhar mundo. Em comum, o mesmo lugar, Canas de Senhorim, que nunca é mencionado e, por isso, Canas é todos os lugares. Têm ainda em comum o número quarenta e quatro – anos de idade. A partir daqui constrói-se um universo autoficcional que especula sobre pessoas, lugares, ruas, que já não existem ou que estão em vias de desaparecimento, numa constante enumeração dessa memorabillia, como um movimento contínuo entre utopia e catástrofe, como se ressuscitar os mortos fosse uma forma de inscrevê-los na História.

 

Direção artística Victor Hugo Pontes | Dramaturgia Victor Hugo Pontes com textos de Maria Gil e Fernando Giestas | Interpretação Leonor Keil e Rafaela Santos | Espaço cénico Henrique Ralheta | Desenho de luz Cristóvão Cunha | Música original Rui Lima e Sérgio Martins | Adereços Lira Projeto paralelo* Fernando Giestas | Apoio à montagem Carolina Reis | Montagem e operação de luz Carlos Moreira | Produção executiva Susana Rocha | Apoio à produção Nome Próprio | Criação Amarelo Silvestre | Coprodução Amarelo Silvestre, Nome Próprio, TNDMII, Centro de Arte de Ovar e Câmara Municipal de Nelas 

 

60 min. M/12 . teatro

Oficina dramatúrgica accordion-plus accordion-minus
Graça Ochoa e Alberto Carvalhal accordion-plus accordion-minus

Viúva Papagaio

5.dez. 14h30 .  Auditório Teatro das Beiras . Covilhã

 

Esta é a história de uma viúva que parte em busca de uma herança e de um papagaio que vive sem liberdade. Tudo parecia um mar de rosas, mas a viagem complica-se… entre aventuras e atribulações a Srª Cage acaba por “bater no fundo”. Não fosse o amor dedicado ao papagaio James e a história teria um trágico desfecho! Um espetáculo criado a partir do conto infantil “A Viúva e o Papagaio” de Virginia Woolf, considerado por muitos um hino de amor aos animais e atual­mente recomendado como leitura autónoma para o 5º ano de escolaridade pelo Plano Nacional de Leitura. Nesta peça, a viúva é também papagaio e o papagaio é também viúva. A riqueza de um é a riqueza do outro, a liberdade de um é a liberdade do outro.

 

Direção artística Alberto Carvalhal e Graça Ochoa | Encenação Alberto Carvalhal | Interpretação Graça Ochoa | Apoio à direção André Braga, Cláudia Figueiredo | Desenho de luz Francisco Tavares Teles | Cenografia e figurinos Sofia Silva | Apoio à cenografia Nuno Brandão | Produção Ana Carvalhosa (direção), Cláudia Santos, Alexandra Natura | Fotografia Stratos Ntontsis | Coprodução Serviço Educativo do Teatro Municipal do Porto e Circolando

 

50 min. M/6 . teatro

Companhia Paulo Ribeiro accordion-plus accordion-minus

Um solo para a sociedade

7.dez. 21h30 . Auditório Teatro das Beiras . Covilhã

 

Um solo para a sociedade é a primeira peça de António Cabrita e São Castro enquanto diretores artísticos da Companhia Paulo Ribeiro. Nesta peça, criada a partir do monólogo “O  Contrabaixo”, de Patrick Süskind, os dois coreógrafos procuram aprofundar a reflexão sobre como as pessoas ocupam um território comum, abordando problemáticas que norteiam a condição humana, tais como o amor, a liberdade, a escolha, a identidade; ampliando o gesto como movimento elaborado e exteriorizado dessa reflexão. O confronto do eu e dos outros, do barulho e do silêncio, em som visível no corpo. Um solo diante da sociedade, o público. Um público que observa o indivíduo, um intérprete que observa a sociedade.

 

Conceito São Castro | Coreografia, desenho de luz e figurino António Cabrita e São Castro | Música original São Castro | Música adicional Daniel Bjarnason, Hildur Gudnadóttir, Jean Sibelius e Jean-Baptiste Lully | Interpretação Miguel Santos | Operação de luz Cristóvão Cunha | Produção Companhia Paulo Ribeiro | Coprodução Teatro Viriato

 

62 min. M/6 . dança

Ensaio aberto accordion-plus accordion-minus

Programa 2018

Pé de Pano accordion-plus accordion-minus

Danças a Nascer

16.jan. 14h30. Auditório Teatro das Beiras . Covilhã

 

Danças a Nascer é um espetáculo que liga a dança e a força sonhadora das imagens sugeridas pelas palavras. Constrói-se a partir das perguntas: como podem as danças nascer? Ou, de onde partimos para criar uma coreografia? Tendo uma componente visual muito forte, explora o desenho em tempo real e a dança que, em conjunto ou de forma alternada, vão modificando o espaço que tão depressa é concreto como logo a seguir se torna abstrato e poético. 

Brinca-se com sensações e emoções, a suavidade, a curiosidade, a alegria, a velocidade, a fúria, o ser pequeno e muito comprido, rastejar ou voar. Brinca-se com histórias tão antigas como o nascimento e a evolução do tempo, do homem e da linguagem. Num movimento cúmplice, aquele que parece ser o espaço exclusivo da performer transforma-se: os meninos são solicitados para a cena como num jogo, para experimentarem, apelando à sua memória, cores, sons, papel, ao seu próprio movimento e corpo. O espetáculo torna-se oficina, por momentos, mas volta a si. A performer recupera o seu lugar. E tudo poderia, entretanto recomeçar.

 

Direção artística e pedagógica, interpretação Maria Belo Costa | Cocriação, apoio pedagógico e desenho em tempo real Raquel Fradique | Escolas participantes e cocriação EB1 de Alcains, EB1 de Tinalhas e EB1 de Escalos de Cima | Apoio às sessões pedagógicas Manuel Filipe | Consultoria artística Ainhoa Vidal e Quarta Parede - Associação de Artes Performativas da Covilhã | Coordenação técnica, sonoplastia e desenho de luz Pedro Fonseca/colectivo, a.c. | Design gráfico e fotografias Helder Milhano | Figurinos Joana Carvalho / Jomanik | Produção Pé de Pano - Projectos Culturais

 

40 min. M/3 . teatro/dança

Oficinas de movimento accordion-plus accordion-minus
Hotel Europa accordion-plus accordion-minus

Portugal Não É Um País Pequeno

18.jan. 21h30 . Auditório Teatro das Beiras . Covilhã

 

Portugal Não É Um País Pequeno reflete sobre a ditadura e a presença portuguesa em África, em particular a vida dos antigos colonos portugueses através dos seus testemunhos reais. O texto deste espetáculo foi criado através de um processo de verbatim, que significa copiado palavra por palavra, o que se traduziu na escrita de um texto de teatro que utiliza fielmente as palavras das pessoas entrevistadas sobre a sua vida em África no Período Colonial Português. A metodologia seguida combinou a recolha de testemunhos dessas pessoas e uma detalhada pesquisa de historiográfica, criando um texto que retrata a complexidade da história recente em Portugal, no caso do fim do colonialismo português. 

 

Criação e interpretação André Amálio | Assistência de encenação/coreografia Tereza Havlíčková | Criação musical e interpretação Pedro Salvador | Cenografia Pedro Silva | Produção Hotel Europa

 

90 min. M/12 . teatro documental

Rui Horta accordion-plus accordion-minus

Vespa

19.jan. 21h30 . Cine-Teatro Avenida . Castelo Branco

 

Uma peça sobre uma cabeça a explodir, sobre o que nem sequer falhamos porque nos coibimos de cumprir. Na dupla condição de voyeur, a do outro e a de si próprio, o público compõe o tétris do personagem em cena, desafiando a sua própria conceção do registo público e privado.  Este solo é uma possibilidade, uma fractal, marca fugaz. Rui Horta é um veterano selvagem. Só essa condição lhe permite hoje a ousadia e a obstinação de voltar ao palco após 30 anos de ausência. Ou é ou não é. Então, que seja. Que haja luz, fogo, dor e, sobretudo, corpo. Que haja um raio que ilumina e destrói. Mas que haja. Que seja. Uma vespa dentro da cabeça, um zumbido a roer o pensamento.

 

Coreografia, iluminação, interpretação Rui Horta | Música original Tiago Cerqueira | Participação especial Tomé Galvão Fernandes | Aconselhamento artístico Tiago Rodrigues e Marlene Monteiro Freitas | Apoio dramatúrgico Pia Krämer, Mariana Brandão | Direção técnica Tiago Coelho | Direção de produção e difusão Mariana Brandão | Produção executiva O Espaço do Tempo

 

60 min . M/16 . dança/performance

Curso accordion-plus accordion-minus
João Cardoso e Victor Gomes accordion-plus accordion-minus

Adapted to Y&Y

27.jan.  21h30 . Auditório Teatro das Beiras . Covilhã

 

Um par de corpos, dois criminosos, dois amantes, dois pares de mãos. Par que procura apaziguar-se a si e ao conjunto, par que procura uma identidade comum, resultado de uma adaptação de Bonnie&Clyde, dois criminosos que marcaram a história do crime Americano, tornando-se personagens mediáticas. Num palco com um toque “hollywoodesco” dois bailarinos lançam-se descobrindo um bailado, uma performance pictórica que tenta visualizar uma história já antes contada.

 

Cocriadores e intérpretes João Cardoso e Victor Gomes | Música Anne Germain, Hauschka, Andrew Bird, Charlemagne Palestine e Al Bowlly | Edição musical João Cardoso e Victor Gomes | Fotografia Jéssica Bruno e Nella Turki

 

50 min . M/12 . dança

Mafalda Saloio accordion-plus accordion-minus

Brisa ou Tufão

31.jan.  21h30 . Auditório Teatro das Beiras . Covilhã           

2.fev.  21h30 . Cine-Teatro Avenida . Castelo Branco

 

Brisa ou Tufão é um espetáculo de teatro sobre a força e a leveza do ar que nos rodeia. Sobre a importância de conviver com o invisível que sopra. De rasgar janelas e celebrar o ar! Dependendo da sorte geográfica, emocional e humana, este ar pode fazer-nos brisa ou tufão. Uma mulher viaja por entre terras, mede o ar e areja lugares. Para prevenir catástrofes, ensinar-nos a conviver com este invisível suave e rebelde da vida. O que fazemos quando temos taquicardia, quando estamos cabisbaixos, quando o lufa-lufa do quotidiano nos tira o ar? Brisa ou Tufão é um espetáculo que nos fala de como resistir celebrando a vida. Uma “técnica de leveza e bem-estar” que traz dentro do seu kit soluções caseiras para tornar tudo mais simples. Um espetáculo sobre a beleza das coisas simples.

 

Criação e interpretação Mafalda Saloio | Apoio à criação André Braga, Cláudia Figueiredo, Suzana Branco | Sonoplastia, desenho e operação de luz Pedro Fonseca/colectivo, ac | Cenário Mafalda Saloio e Nuno Brandão | Produção Mafalda Saloio, Ana Carvalhosa, Cláudia Santos

 

50 min . M/12 . teatro

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