1º Andar 2013

1º Andar 2013

É possível confirmar a importância do lançamento de uma organização específica para jovens criadores. Um espaço que permitiu, por um lado, dar uma oportunidade para que esses criadores pudessem mostrar os primeiros trabalhos e, por outro, ter um olhar mais atento do tecido artístico para esta nova realidade. Nesse sentido, achamos que o nosso contributo, não sendo por certo o único, permitiu traçar caminhos para que novos criadores se integrassem na circulação de vários espaços tanto em Portugal como no estrangeiro, motivo de orgulho para nós. O empenho que ao longo dos anos mantivemos para que esta mostra fosse de facto um espaço privilegiado para que novos criadores, novas estéticas, novas propostas tivessem uma visibilidade especial tanto para o público, como para profissionais das várias áreas do espetáculo, pensamos que está alcançado. Não esquecemos a importância de todos quantos contribuíram para que a mostra tivesse uma ampla projeção, desde os nossos parceiros, aos meios de comunicação que cooperaram significativamente na sua divulgação, com os quais queremos repartir o êxito até agora alcançado. Para esta edição esperamos a contribuição mais uma vez significativa do público, essencial no apoio e receção destas novas propostas artísticas.

 

Programa

Inês Oliveira accordion-plus accordion-minus

Ataúde

19.nov.21h30.Auditório Teatro das Beiras. Covilhã 

 

Ataúde é um solo de dança-teatro que se concentra na ideia da morte. Uma visão simbólica da morte como rutura, como mudança, num processo de abandono e reconquista de si mesmo, em que o espaço interno se dilata, se contorce, se expande - findando coisas, extinguindo-as, abrindo espaço para que outras tomem o seu lugar.

Reflete sobre a matança que exercemos sobre nós mesmos, vezes sem conta, num exercício mais de vida que de morte, num processo inesgotável de desaparecimento e revitalização - o invocar constante das forças vitais em cada novo acordar, as mudanças da incontornável passagem do tempo. 

Este trabalho questiona-se sobre a criação de mitos pessoais e universais, da sua rutura, na criação dum ritual inventado, um funeral a si próprio.

 

Conceito e interpretação Inês Oliveira | Apoio à direção Félix Lozano | Olhar exterior Mafalda Saloio | Adereços Jonas Ribeiro | Sonoplastia Félix Lozano, Inês Oliveira, Pedro Fonseca | Desenho de Luzes: Pedro Fonseca, Anatol | Fotografia e Imagem: Gato Villegas, Jorge Leiva, Stratos Ntontsis, Giancarlo Paez | Apoios: Circolando, teatroparallevar

 

40min.M/12. dança/teatro   

Aleksandra Osowicz, Filipe Pereira, Helena Martos Ramírez, Inês Campos e Matthieu Ehrlacher accordion-plus accordion-minus

Hale

20.nov.21h30.Cine-Teatro Avenida. Castelo Branco

 

HALE é o encontro entre cinco criadores, 23kg de plástico e 1710W de potência de ventiladores. O seu corpo coletivo em transformação constante, que vive e respira é uma dança, onde a coreografia se manifesta em arquitetura plástica. O que à partida é matéria inanimada ganha vida num encontro entre o naturalmente artificial e o artificialmente orgânico. Chamamos-lhe estudo para um organismo artificial.

 

Criação, Figurinos e Som Aleksandra Osowicz, Filipe Pereira, Helena Martos Ramírez, Inês Campos e Matthieu Ehrlacher | Interpretação Aleksandra Osowicz, Filipe Pereira, Francisca Pinto, Helena Martos Ramírez, Inês Campos, Joana Leal e Matthieu Ehrlacher | Desenho de Luz Carlos Ramos | Assistência Artística Patrícia Portela | Vídeo Mariana Bartolo | Apoio à Criação: Fórum Dança /Edifício, Espaço Alkantara, Espaço do Tempo

 

35min.M/5.dança

Costanza Givone accordion-plus accordion-minus

Salomé perdeu a luz

23.nov.21h30.A Moagem.Fundão

 

Tu não quiseste que eu beijasse a tua boca, Iokanaan. Pois vou beijá-la agora! Hei-de mordê-la com meus dentes como se morde um fruto verde. Vou beijar a tua boca, Iokanaan! Não te tinha dito? Não te disse? Vou beijá-la agora. Mas por que não me olhas, Iokanaan?

Salomé - Oscar Wilde

 

Não é interior nem exterior, é o esqueleto dum espaço, uma jovem mulher só consigo mesma. As peças de um antigo jogo de xadrez revelam-lhe a história duma princesa de formas perfeitas chamada Salomé. Cai uma cabeça. Não se pode voltar atrás. A cabeça olha a rapariga, imóvel, para a eternidade. Fugir é impossível. São parte uma da outra, resta-lhes viver, num mundo grotesco, onde a realidade é loucura e só no sonho se encontra paz. Um espetáculo inspirado na história de Salomé sobre a perda de si mesmo. A mente naufraga, as luzes que nos guiam apagam-se, o chão desfaz-se debaixo dos pés num trabalho que cruza dança, teatro e artes plásticas. Um jogo de xadrez conta-nos a história de Salomé, uma cabeça de barro, que se transforma ao toque da atriz, nos revela o seu mundo interior. 

 

Criação e Interpretação Costanza Givone | Cenário e Desenho Luz Samuele Mariotti | Apoio à Encenação e Design João Vladimiro | Montagem e Operação Luz/Som Rui Alves | Foto Luís Martins | Músicas Cecil Lytle (Bagpipe music); Bernardo Sassetti (Interlúdio: Experiências Tec-Efeitos Secundários); Ela Lamblin (Cos-mogenesis); Tom Waits (Russian Dance) | Apoios Andaluga, Casa Rodrigues electricidade, CEM, Scuola di Mimo di Fiesole (Fiesole), Teatro Marionet, Teatro Everest (Firenze), Teatro “I Macelli” (Certaldo), ZdB/Negocio.



40min.M/6.multidisciplinar (teatro/dança/artes plásticas)

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