1º Andar 2011
O 1º Andar tem mostrado desde 2009 um conjunto de novos criadores dentro das artes performativas. Espaço privilegiado para aqueles que agora começam a vida profissional dentro de uma área tão difícil como é a Arte. É com agrado que constatamos ter já apresentado criadores que começam a ser uma mais valia no tecido artístico, como Ana Santos & Miguel Rato, David Marques, Dinis Machado, Filipe Moreira, Joana Barrios, Liliana Costa, Mariana Pimentel, Sofia Dinger, Teresa Silva & Elisabete Francisca.
Ao iniciarmos a divulgação da terceira edição, estamos certos de continuar a abrir espaços para novos criadores tanto em Portugal como na Europa e contribuir para que os mais jovens sejam portadores dessa imensa herança com que a cultura tem marcado ao longo dos anos a identidade de cada país, mas também a esperança de uma sociedade com um maior conhecimento, mais sensível e mais solidária, pressupostos que o neoliberalismo tem arrasado com especial incidência na Europa.
Programa
Raquel André & Tiago Cadete
No Digital
29.nov.21h30. Auditório Teatro das Beiras.Covilhã
NO Digital é sobre Cartas, as que encontrámos, as que não escrevemos, as que queríamos ter escrito, as que chegámos a escrever, as que nos escrevem, as que estamos à espera, as que nunca vamos receber e sobre aquelas que ainda hoje guardamos.
NO Digital é acima de tudo um colecionismo de memórias, as que não tivemos, as que lemos e as que criamos...
Criação e interpretação Tiago Cadete & Raquel André | Consultadoria de figurinos Carlota Lagido | Consultadoria de espaço cénico José Capela | Apoio à criação Bernardo Almeida | Fotografias Residência Tiago Brás | Coprodução EIRA, TEATRO TABORDA, MOLLOY. Residências artísticas EIRA 33, DEVIR-CAPA | Projeto financiado por DGArtes - Ministério da Cultura, Fundação Calouste Gulbenkian – Artes Performativas | Apoio à residência artística: (GDA) Gestão dos Direitos dos Artistas | Apoios: Livraria Trama, Maus Hábitos e Oficinas do Convento
50min.M/16.teatro
Raquel Castro
Os dias são connosco
29.nov.22h30.Auditório Teatro das Beiras [café-teatro].Covilhã
Os Dias são Connosco é uma carta-vídeo de uma mãe para uma filha. Um retrato de uma mulher e do mundo que a rodeia filmado ao vivo para ser visto no futuro.
Um espetáculo sobre o dia de hoje com tudo aquilo que este encerra: amor, política, realização profissional, maternidade, rotina, desejos, dinheiro, família, medos, segredos, expectativas, dúvidas...
Criação e interpretação Raquel Castro | Apoio à dramaturgia Pedro Gil | Agradecimentos Teatro Maria Matos, Liberdade Provisória, Joana Bértholo, Marta Branquinho, João Gambino | Créditos fotográficos Mariana da Silva
aprox.30min.M/12.teatro/performance
Carolina Fernández
Ni príncipes ni hostias
30.nov.21h30.Cine-Teatro Avenida.Castelo Branco
O ambiente construído, o conceito de mulher como género é resultado de uma subjetividade branca, masculina e capitalista.
O nosso corpo está cheio de inscrições políticas e culturais, por dentro e por fora. Para que surjam novos sujeitos individuais é necessário destruir primeiro as categorias de sexo.
Destruo-me …
(Logo) deixo de existir
o mito de ser mulher
Sou um ser no espaço
Um ser que já não habita a casa
Mas um mundo em movimento
Criação e Interpretação Carolina Fernández | Criações vídeo Carolina Fernández | Apoio audiovisual [gravação / edição] Gael Herrera, Margherrita Morello | Design de cartaz Carolina Fernández, Nacho de la Cierva | Figurinos Carolina Fernández | Acompanhamento técnico Carlos Sante
aprox.40min.M/16.performance
Anaísa Lopes
Corpo (I)lógico
30.nov.22h30.Cine-Teatro Avenida.Castelo Branco
"Perturbando os sentidos, especificamente a visão, o monstro foi pensado como uma aberração, uma folia do corpo, introduzindo, como oposição lógica, a crença na necessidade da existência da normalidade humana, do corpo lógico"
in "Breve história do corpo e de seus monstros", Ieda Tucherman
A peça trata do Corpo, os animais que somos, a pele que não suportamos ou narcisicamente idolatramos, como estátuas gregas, símbolos da perfeição e do ideal.
O que surge é uma catarse hiper controlada, perguntas sem resposta que só cada um poderá intimamente sentir. A exposição do corpo-pele, virtuoso no cimo da verticalidade dos saltos, transformados em pesados cascos, poderá ser incómoda ou enaltecida, mas nunca gratuita e sempre natural na essência. A negação das formas que nos atribuem um sexo, coloca outras questões de consciência humana que podemos não querer confrontar. Procurei uma estética pictórica e uma caçada canibal, no questionamento global de se será possível a existência de um corpo absoluto?
Criação e figurinos Anaísa Lopes | Música Now & Sleep de Daedelus, itch cross over-retrospective de Sibot, Lo seguital Felice de Vivaldi/Caldara | Texto Baby Baba de Kelly Key e palavras recolhidas | Intérpretes Denise Rezende, Filipe Baracho, Sofia Rosado, Sofia Sarmento, José Silva | Agradecimentos Margarida Bettencourt
aprox.40min.M/14.dança/performance