1º Andar 2009

1º Andar 2009

1º Andar – mostra de criadores emergentes 2009 consiste numa mostra de jovens criadores nacionais no âmbito das artes performativas.

Uma das preocupações da Quarta Parede é dar espaço e visibilidade a artistas emergentes, acreditando que a Beira Interior, o país, os espectadores e os próprios criadores, ganham um espaço que contribui para o desenvolvimento artístico do país.

Divulgar e fomentar os novos criadores e as novas linguagens artísticas, bem como apostar na qualidade das obras são os objetivos que se perseguem para que o tecido da criação artística continue a experimentar novos caminhos

Programa

Filipe Moreira accordion-plus accordion-minus

Recomeçar do princípio

26.nov. 21h30. Blackbox A Moagem. Fundão

 

Este é um breve espectáculo de teatro-físico, com dois corpos. O projecto partiu da frase “Recomeçar do Princípio”, da coreógrafa Pina Bausch. Duas personagens, Adão e Eva, através de uma série de movimentos e de situações, exploram o quotidiano, a rotina e os estereótipos que estão bem presentes no percurso de vida do Homem e que o condicionam. Estas acções cruzam-se constantemente com uma natureza sempre presente, frequentemente esquecida e dominada. 

 

De Filipe Moreira | Interpretação Filipe Moreira, Rita Lagarto | Som Bruno Couto

 

10min.M/6.teatro físico

Liliana Costa accordion-plus accordion-minus

Rape me rape men

26.nov.22h15. Blackbox A Moagem. Fundão

 

Rape Me Rape Men é uma vontade vísceral de subverter um passado. Aparentemente domina-o, supera-o e passa mesmo a disponibilizar o corpo como objecto. 

“ my body takes a position between me and the world. In one hand my body is the center of my world, in other hand, this body is a object in the world of the others.”

 

Valie Export

 

Criação e produção Liliana Costa | Interpretação Liliana Costa e Joel Araújo Ribeiro | Desenho de luz Eduardo Abdala | Banda sonora original e sonoplastia Bruno Pereira

 

20 min. M/18.performance

Dinis Machado accordion-plus accordion-minus

Dramaturgia

27.nov. 21h30. Auditório Teatro das Beiras. Covilhã

 

Dramaturgia é o processo de gerir referentes com o objectivo de criar uma expansão artificial da realidade. Entendo assim que a arte não é um reflexo mais ou menos distorcido do real (uma cópia) mas um território artificial, nem por menos real, contíguo e com o mesmo valor de todas as outras realidades a partir das quais se expande e com as quais realiza trocas. 

Assim cada artista carrega consigo um território intelectual artístico dinâmico do qual cada “obra” é um corte temporal provisório, uma pausa. 

Parto da ideia da constituição do artista enquanto processo de ficcionalização. Ser artista é para mim construir o real, recusar o modelo de vida burguês e formular novas hipóteses. Fazer assim uma dramaturgia do artista, é retirar o tema e constituir a estrutura enquanto forma e conteúdo simultâneos, é pensar o que é à partida um dado adquirido, problematiza-lo e torna-lo significante. Considero que o processo de ficcionalização não depende da fuga ou descolagem do real, mas da sua articulação e consciencialização. Partirei assim para um processo de dramaturgia do “artista” feito a partir de textos ficcionais sobre artistas. Ou seja, textos onde artistas criam outros artistas, assumindo o “artista” como um outro, como um objecto que constroem num gesto auto reflexivo, idealizando-se e construindo-se – artificializando-se. 

Por tudo isto quando falo de dissolução entre arte e vida não falo de uma copia muito aproximada do real ou de uma igualdade de importâncias entre real e ficcional. Quero antes concluir que ficção e realidade não são pontos que se opõem numa linha, dado que ficção é a produção de realidade e que todas as realidades são frutos de um processo de construção individual ou colectiva ficcional. Ou seja, ficção é o processo do qual uma realidade é objecto. Assim, o palco (chamemos assim por convenção a qualquer espaço cénico) não serve, para mim, como espaço invisível que deve acolher uma realidade externa, mas antes como um espaço com um funcionamento e história para o qual o artista produz uma realidade específica, habitando-o. 

 

Um projeto de Dinis Machado | Consultoria de José Capela | Figurinos Mariana Sá Nogueira | Assistência de encenação Raquel André e António Corceiro Leal | Produção Catarina dos Santos | Apoio Fundação Calouste Gulbenkian

 

50 min. M/16.teatro

David Marques accordion-plus accordion-minus

Motor de Busca

28.nov.21h30. Blackbox A Moagem. Fundão

 

“Motor de Busca” é um solo. Não sendo sobre a solidão, a peça apresenta-nos um ser que está sozinho mesmo quando o seu olhar reconhece a nossa presença. David Marques é o agente que vai construindo e reconfigurando um mundo que é o dele. Ele convoca a linguagem escrita, materializando palavras e frases. Se estas indiciam possíveis motores para a sua acção são mais propriamente os movimentos de procura, escolha e decisão que constituem aqui a matéria coreográfica. O recolhimento, a fuga e a resistência são as suas ressonâncias.

“Os limites da minha linguagem são os limites do meu mundo.”

 

Criação e interpretação David Marques | Assistência de criação Patrícia Milheiro | Música/design de som Carl Simmonds e Sérgio Cruz | Desenho de luz Nuno Patinho | Produção Executiva Eira Co-produção Eira e Citemor Projeto desenvolvido em residência de criação na EIRA33, com consultoria do núcleo artístico da EIRA

 

52 min. M/12.dança

Joana Barrios e Joana dos Espíritos accordion-plus accordion-minus

Fake

03.dez.21h30. Blackbox A Moagem. Fundão

 

Ela é tipo uma amazona aci ou oci dental de skinny jeans que nem sabe de que terra é.

Encomenda-se a uma viagem que demora mais de meio mundo a fazer, mas que leva muito menos do que se esperava.

E é sob a forma de animal asiático entre o gato, a serpente e o porco que vos entrega a sua Birmanisseia, fundada no acaso e erigida na Nova Portugalidade.

FAKE é um monólogo de viagens.

FAKE é o sentimento de uma ocidental.

FAKE é a origem da Trashédia.

 

Direção artística, interpretação Joana Barrios | Dramaturgia Joana dos Espíritos, Joana Barrios | Coaching Rui Horta, Pedro Penim, Tiago Guedes | Espaço cénico e figurinos Joana Barrios | Objeto cénico Carla Freire | Desenho de Luz Mafalda Oliveira | Vídeo André Godinho | Fotografia Marisa Nunes | Direção técnica Mafalda Oliveira | Produção e difusão Materiais diversos | Coprodução CCB, ZDB, O espaço do Tempo | Espetáculo financiado pela Direção Geral das Artes, Ministério da Cultura



50 min. M/12.dança. projeto transdisciplinar

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